Entre fantasmas e pontes ... tudo o que te dou!
De que servia ter o mapa, se o fim estava traçado? De que servia terra à vista, se o barco estáva parado? De que servia ter a chave, se a porta estáva aberta? De que serviam as palavras, se a casa estáva deserta? Tu deste-me um novo rumo, colocas-te o barco a andar, fechas-te a porta para que a chave tivesse uso e habitas-te a casa! Levas-te os meus fantasmas, salvas-te-me da espada e disses-te-me onde era a estrada!
E eu, e tu, perdidos e sós, amantes distantes (não muito), que nunca caiam as pontes entre nós!
Às vezes sou forte, coragem de leoa, às vezes fraca, assim é o coração. E eu não sei que mais te posso dar, se te dou tudo o que tenho ... mas também sei que tudo o que te dou, tu me dás a mim ...
A "ficha" caiu, os fantasmas apareceram, a ponte abanou ... e fez-me desesperar ... um desespero que não conseguia controlar, um medo terrivel de te perder! Mas, encontrei novamente o meu ponto de equilibrio! Encontrei-o no teu sorriso, no teu abraço, nas tuas palavras! Sinto-me novamente com forças para lutar, para viver, para vencer!
Não vou (pelo menos não quero) angustiar-me com o futuro e, se um dia a "ficha" voltar a cair, se voltar a bater no fundo ... espero encontrar, na escuridão, a luz do teu olhar, a tua mão para me agarrar!
És o meu porto de abrigo, com quem rio e choro, quem me escuta além de ouvir, quem me ama além de apenas dizer ...